terça-feira, 12 de junho de 2012

GRANDE ZIMBABUE, O EL DOURADO DOS GRANDES LAGOS



Em 1868, o viajante e explorador alemão Adam Renders se perdeu numa profunda floresta do sul da África e acidentalmente se deparou com extraordinárias ruínas, perto do Lago Vitória. Tentando sair de lá, ele se moveu ao longo das paredes por algum tempo, tendo a impressão de que estava andando em círculos. Naquele momento ele não sabia que tinha encontrado as Grandes Ruínas de Zimbábue.

Essas ruínas, em sua maioria em forma cônica, apresentam uma extensão de aproximadamente 385 km. As construções foram feitas de pedra, divididas e separadas em blocos e colocadas juntas com algum desconhecido método e sem usar argamassa. Muitos curiosos questionam com que propósito foram construídos aqueles monumentos bizarros, sem portas, janelas ou qualquer outra abertura; ou quem construiu as paredes elípticas e as torres cônicas (trinta e três pés de grossura) chamadas de nuraghi, e que também podem ser encontradas na Sardinia (Sardenha), em Shetland, nas ilhas Orkney, Escócia e em muitos lugares ao redor do mundo.

No começo, Renders não prestou muita atenção nas desconhecidas ruínas. Porém, ele contou sua estranha história para o explorador e aventureiro, Karl Mauch, que três anos mais tarde, chegaria à costa oriental da África do Sul. Ele era um dos primeiros homens a encontrar ouro na região e pensou que os vestígios poderiam pertencer a legendária terra Ophir, famosa por suas minas de ouro e governada por um dos vassalos da Rainha de Sheba (Sabá). Sua teoria conectando as ruínas biblicamente com Ophir e as minas do Rei Salomão definitivamente trouxe desastrosas conseqüências para a região. O lugar tem sido exposto a pilhagem e devastação.

Os portugueses chegaram no Zimbábue no meio do século dezoito. Junto com eles chegaram novas teorias e sugestões. Alguns acreditavam que os vestígios foram construídos por uma raça branca perdida, há 1100 a.C e que tinham uma proposta astronômica; outros sugeriam que o quebra-cabeça das ruínas tinha sido construído por uma raça pré-histórica parecida com os construtores do Stonehenge. Mas. baseadas em crônicas de João de Barro, do século dezesseis, os nativos se referem às ruínas como Zimbábue. Ninguém sabe quando e quem as fez. As pessoas do local não sabem nem ler e escrever, o que torna difícil encontrar qualquer registro histórico. Entretanto elas estão convencidas que as estruturas são trabalho do Diabo.

Na cidadela, haviam sido encontrados alguns pássaros de pedra sabão, colocados em cinco pesados pedestais de pedra. Um número de achados que nos remetem a antiga civilização Egípcia e a América Pré-Colombiana. O que as Ruínas de Zimbábue têm em comum com as civilizações acima citadas? O falcão, um dos primeiros animais venerados no Egito, diziam que era personificação do deus Hórus, que fez o céu. Hórus, era venerado ao longo do delta do Nilo. Seu culto se propagou por todo o Egito, ele era uma manifestação de deus vivo. As similaridades nessas construções são claramente visíveis.

O arqueólogo francês e jornalista Robert Charroux escreveu: "No meio das ruínas, mas em bom estado de preservação, nós encontramos, como em Machu Picchu, no Peru, altas torres ovais como silos, sem fendas nas paredes, e que só poderiam ser habitadas por homens voadores... Em Machu Picchu eles de fato chamaram: o domicílio dos homens voadores."

Todas essas teorias são consideradas absurdas e o mistério do grande Zimbábue provavelmente nunca será revelado.

ANTÓNIO BRÁULIO DE MÁRIO KANGALA, PHILOSOPHE





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